Creatina x dano renal: existe mesmo uma ligação?

Não é de hoje que existem dúvidas sobre a segurança do suplemento alimentar creatina, mas ele tem deixado de ser um vilão e se tornado um aliado à saúde.

Há um pouco mais de 10 anos o suplemento de creatina era proibido pela ANVISA. O Brasil foi último país a liberar a comercialização. Mas, por se mostrar seguro, atualmente é comercializado. Entretanto, há uma questão que ainda paira sobre esse suplemento: a de dano renal.

Um estudo de revisão sistemática e meta-análise De Souza e Silva et al. (2019) evidenciou que a creatina não gera danos renais quando consumida na quantidade recomendada. E mais, pode ser uma aliada para tratamento de diversas doenças, entre elas diabetes mellitus tipo 2.

Mas o que diz o estudo?

Nesse estudo foram analisados exames como creatinina, clearance de creatinina, uréia, e observado que não houve diminuição na taxa de filtração glomerular (glomérulo = ‘região’ funcional dos rins) por aqueles que consumiram em quantidades indicadas, 20g/dia (período de saturação) ou 5g/dia.

Gualano (2014), indicou que, além de não gerar danos renais, contribuir para a melhora de performance de esportistas, o que já está enraizado, a suplementação de creatina melhorou marcadores como o de sensibilidade a insulina, tolerância a glicose, expressão da proteína transportadora de glicose – GLUT4, evidenciando possível aliado para o controle de diabetes mellitus tipo 2 e outras doenças.

A creatina mostrou-se segura quanto a sua relação com os rins e até mesmo indicada para auxiliar no tratamento de diversas doenças. Procure um nutricionista e veja se você pode usufruir dos benefícios que esse suplemento pode proporcionar.